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O título “Cognição e Práticas Discursivas” busca reforçar que a produção científica do grupo se desenvolve sobre relações entre linguagem e cognição, construídas a partir de escolhas realizadas durante interações sociais, dentre modos diversos de se expressar, pensar, sentir, acreditar, valorizar e agir. Nesse contexto, a expressão “práticas discursivas” apresenta, ao mesmo tempo, dimensões cognitivas e socioculturais:

a) Cognitivas, uma vez que são edificadas de experiências corporais, por meio da construção/acionamento de esquemas e frames e;

b) Socioculturais, pois esses esquemas e frames são constituídos (ou adquiridos) no seio das interações sociais.

Em outras palavras, a construção do sentido se dá por meio da ação de mecanismos cognitivos que são retroalimentados por práticas discursivas diversas. Dessa forma, palavras, expressões ou textos ganham novos significados, funções e objetivos, dependendo das molduras comunicativas em que estejam inseridos.

De acordo com Radford (2001, p. 261), as práticas discursivas dizem respeito à "inserção em uma prática intelectual que exige o uso social de sinais e a compreensão de seus significados". O autor afirma que tais práticas são decorrentes de perspectivas particulares. Sendo assim, um meio de examiná-las é analisando o foco de quem produz e de quem compreende enunciados.

Referências:

Radford, L. (2001) ‘Signs and meanings in students’ emergent algebraic thinking: A semiotic analysis’, Educational Studies in Mathematics, 42 (3), 237-268.

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